Com a confirmação da gravidez, os futuros pais começam a se planejar para a chegada do bebê, não é mesmo? Entre os principais preparativos, sem dúvidas, está uma decisão muito importante: como será o parto do filho. Afinal de contas, assegurar um parto humanizado vai muito além de uma necessidade, pois ele é um direito já reconhecido pelo Ministério da Saúde, por meio da portaria nº 569/00.
E é justamente para falar sobre o que é um parto humanizado, as vantagens que ele traz e, inclusive, quais os diferenciais que ele proporciona para as gestantes e para o bebê que preparamos este artigo. Acompanhe e não tenha mais dúvidas sobre o assunto!
Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o que é o parto humanizado. Partindo do princípio, pode-se dizer que se trata de uma prática complementar à Política Nacional de Humanização (PNH), adotada ainda em 1990 no Brasil. Essa política tem um objetivo central muito importante: promover e fortalecer as diretrizes que regem o Sistema Único de Saúde (SUS).
Por meio desse documento, espera-se que os profissionais responsáveis pelos serviços em saúde não detenham (de forma muitas vezes hierárquica e arbitrária) todas as decisões relacionadas a consulta, avaliação, tratamento, exames, intervenções clínicas, internações, procedimentos cirúrgicos e afins. Afinal, essas são questões que não só impactam o estado de saúde e o bem-estar dos cidadãos, mas que também podem trazer repercussões por toda a vida.
O parto humanizado, assim como os cuidados perinatal e neonatal, segue esse mesmo princípio. É por isso que ele proporciona autonomia à gestante, colocando-a no centro da tomada de decisões que visam a segurança dela e do bebê, além de conforto, acolhimento, privacidade e dignidade humana de ambos.
Isso contribui para a promoção de experiências de parto mais positivas, uma vez que há mais informação por parte da gestante, clareza quanto aos procedimentos e protocolos que podem ser adotados e suporte empático dos profissionais de saúde, que passam a ser colaboradores ativos dessa fase da vida, e não mais sujeitos que determinam o rumo das ações.
Ao mudar a relação entre profissionais de saúde e gestantes, um dos resultados que se deseja alcançar com o parto humanizado é justamente o fim dos casos de violência obstétrica, que vão desde agressões verbais até abuso físico. Tais episódios não só deixam marcas no corpo da mulher, como também acarretam traumas psicológicas e emocionais.
Para se ter ideia, um levantamento promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e divulgado amplamente pelos meios de comunicação, como o portal da Folha de Pernambuco, apontou que 45% das mulheres foram submetidas a algum tipo constrangimento, intimidação, abuso físico e/ou procedimentos invasivos sem consulta nem permissão durante o parto.
Um artigo publicado em 2017 na Revista Psicologia & Sociedade sobre o tema expõe quais são os procedimentos mais comuns. Entre eles, estão o uso do hormônio ocitocina, da episiotomia (corte na região do períneo) e da amniotomia (ruptura da bolsa d’água para acelerar o parto).
O processo do parto humanizado inicia-se com o suporte do médico obstetra acerca das dúvidas que a gestante tem em relação ao nascimento do bebê e às vias de parto. Tudo isso para que ela possa, de maneira independente, mas bastante informada e consciente, escolher a melhor alternativa, considerando seus desejos e contexto.
A partir daí, o ideal é que a futura mãe comece a elaborar um plano de parto — documento que deve ser entregue à maternidade no ato da internação e que expõe as preferências e desejos da gestante, desde o trabalho de parto até o nascimento do bebê. Podem ser incluídas no plano de parto informações como:
Toda equipe de atendimento à gestante na maternidade deve ter acesso ao plano de parto, para que as preferências da mãe sejam reconhecidas e respeitadas. Caso algum dos itens apontados no documento não esteja disponível na maternidade ou algum procedimento precise ser realizado, em prol da segurança da gestante e do bebê, a mulher e os acompanhantes devem ser informados com antecedência, para que as decisões possam ser tomadas em conjunto.
Como já ficou claro até aqui, a humanização no ato de dar a luz não se trata de um dos tipos de parto, e sim de uma prática que envolve o equilíbrio da relação entre a equipe de saúde e a mãe, resguardando e dando autonomia à mulher antes, depois e durante o nascimento do bebê.
Ou seja, é possível ter um parto normal e humanizado? Sim, com certeza! O mesmo vale para o parto natural e, inclusive, para a cesárea.
Como falamos no início do texto, desde os anos 2000 o parto humanizado é um direito instituído de toda e qualquer gestante sem restrições ou limitações. Apenas é importante pesquisar se há leis estaduais sobre o conceito na região onde você mora.
Isso porque locais que adotam legislações ou estatutos específicos sobre a humanização no parto contam uma rede de saúde mais abrangente e acessível para atender às mulheres no pré-natal, no momento de dar a luz e no período do pós-parto. Além disso, é comum haver outras iniciativas que fortalecem essa demanda, como:
Como mostrado, o parto humanizado é um tipo de nascimento, e sim fruto de uma reformulação em todo o sistema de saúde do país, que busca respeitar, trazer dignidade e autonomia para as mulheres que querer gerar um filho.
Portanto, converse com o médico obstetra que está acompanhando a sua gravidez para se informar mais detalhadamente acerca do assunto e começar a traçar o seu plano de parto com segurança e tranquilidade.
Além disso, inscreva-se na nossa newsletter para ficar por dentro de mais informações e tornar ainda mais especial a chegada do bebê!
Apesar de não ser feriado, o Dia da Mentira é um dos mais conhecidos em diversos países.…
O Dia Mundial do Meio Ambiente foi criado para conscientizar a sociedade sobre a necessidade…
Você sabia que existe o Dia do Filho? Assim como as datas dedicadas às mães…
Você é fã de um dos maiores clássicos da Estrela e quer saber qual é o…
Os passatempos de tabuleiros aprimoram o raciocínio e as habilidades cognitivas das crianças com muita…
O que acha de conhecer a origem de um jogo milenar e emocionante, que traz…