O primeiro ano da vida de uma criança é cheio de desafios, tanto para elas, quanto para os pais, pois cada dia é uma novidade e o desenvolvimento é surpreendentemente acelerado. Cada uma tem o seu tempo de aprendizado: algumas começam a andar antes dos doze meses e outras podem demorar um pouco mais, e tudo isso é normal.
Os primeiros passos — como vários outros aspectos do desenvolvimento infantil — costumam gerar algumas polêmicas. Entre elas, a recomendação do uso de andador para bebê. Quais são os prós e os contras? O que os especialistas indicam? Liberte-se das dúvidas com este post!
A certificação do andador para bebês
Até 2013 não havia normas específicas que regulamentassem a fabricação e a venda desse produto. A partir de então, somente os modelos que seguem as especificações elaboradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e que tenham o selo de aprovação do Inmetro, podem ser comercializadas. As empresas que não seguirem as normas podem receber multas pesadas.
Os andadores certificados garantem as características necessárias para a redução do risco de acidentes, entre elas estão o sistema de segurança para as rodinhas, assentos na altura adequada e componentes com total fixação, sem risco de que se soltem e acabem na boca da criança.
Portanto, caso você opte por usar o produto para auxiliar no aprendizado desse processo tão importante do seu pequeno, verifique as especificações do andador e tire todas as suas dúvidas com o pediatra ou vendedor especializado.
Os prós e contras do uso do andador para bebês
A emoção dos primeiros passos de uma criança talvez só seja superada pelo medo que os pais têm de que ela possa cair e se machucar. O impulso superprotetor de alguns pais ou mães de primeira viagem pode levar ao extremo de mudar os móveis de lugar ou até retirá-los do ambiente quando o bebê começa a gatinhar.
Claro que é preciso ter mais atenção, e alguns cuidados são bem vindos, mas os excessos podem prejudicar o bom desenvolvimento. Diante dessa preocupação, alguns pais optam pelo andador para bebês. Confira o lado bom e o lado ruim desse produto!
Contras:
- em alguns modelos, o bebê fica sentado, e por isso aprende a andar de forma errada;
- o andador para bebê permite que ele ande mais rápido do que se estivesse sem o recurso — dessa forma, o caminhar dele fica atrapalhado;
- a criança não desenvolve a postura correta ao ficar de pé, por causa do apoio que o andador oferece;
- o apoio também faz com que o bebê caminhe na ponta dos pés, o que prejudica o equilíbrio e a pisada quando tiver que ele andar sem o auxílio do equipamento — isso poderá provocar dores nos pés no futuro;
- dificulta o desenvolvimento da capacidade de perceber a localização espacial do corpo (propriocepção);
- o risco de acidentes é maior, pois o bebê tende a andar mais rápido e sem controle, e pode bater em algo ou até virar o andador.
Prós:
- trazem mais autonomia para o bebê, que pode se deslocar de um lugar a outro sem depender do auxílio de um adulto;
- leva mais liberdade para os pais realizarem suas tarefas;
- proporciona entretenimento e diversão para o bebê;
- pode ser um instrumento de aprendizado, quando incluem botões e sons que estimulam a criança.
A escolha do melhor andador
A Sociedade Brasileira de Pediatria não recomenda seu uso, no entanto, alguns profissionais defendem os seus benefícios. Os modelos clássicos — aqueles quadrados com quatro rodinhas —, são os menos indicados, pois incluem todas as desvantagens já citadas. Se você optar pelo uso do andador para bebê, prefira o modelo vertical, que respeita o aprendizado motor da criança.
Esse andador é aquele que o bebê empurra para frente, parecido com um carrinho de mercado. Ele ajuda a criança a dar os primeiros passos sem prejudicar a postura ao caminhar. Também fica mais difícil do que no modelo clássico, em que a criança corre com ele, reduzindo o risco de ocorrer um acidente grave.
De qualquer forma, seu uso deve acontecer na fase adequada, ou seja, por volta dos 9 meses. Nessa idade, a criança já consegue ficar em pé se apoiando em alguns objetos e o andador servirá como apoio. Entretanto, é bom pedir orientação ao pediatra para saber se já é o momento certo.
Alguns modelos passaram a ser comercializados como uma central de atividades, e a principal diferença é que não incluem a cadeirinha para o bebê sentar. O objetivo é servir como estímulo para ela ficar de pé enquanto explora o brinquedo.
Outros andadores são multitarefas, e podem se transformar em mesinha de atividades, com vários painéis interativos ou virar um apoio para a hora das refeições. A grande vantagem desse modelo é que ele continuará a ser usado mesmo depois que a criança aprender a andar.
Dicas de segurança para crianças que usam o andador
É muito importante que o andador para bebê seja usado em uma superfície regular, sem desníveis e degraus que possam provocar acidentes. Evite usá-los em lugares públicos onde os riscos de acidente são ainda maiores.
Mesmo que seja dentro de casa, também é preciso ter muito cuidado. Apesar de o bebê poder se movimentar de forma livre, ele precisa de supervisão constante, principalmente em ambientes como a cozinha. Já imaginou encostar a mãozinha na porta de um forno quente? Uma boa opção são os cercadinhos, assim eles podem ficar pertinho e estarão seguros enquanto você cozinha.
Tome cuidado para que ele não tenha acesso a armários que contenham produtos de higiene e limpeza, bem como objetos que possam machucá-lo, como facas, tesouras ou itens pontiagudos.
Os bebê passam por picos de crescimento e muitas transformações nos primeiros anos, deixam de ser totalmente dependentes e isso pode ser assustador para alguns pais. Tudo isso faz parte do processo e você pode ajudá-lo oferecendo apoio e confiança. Mesmo que você decida que o andador para bebê é uma boa opção, lembre-se de que a sua presença é o mais importante.
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