Dicas para manter as crianças seguras na internet

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Imagem de uma mulher e uma criança olhando para um tablet que está em cima de uma mesa.

Por conta do isolamento social e das aulas remotas, as crianças passam mais tempo navegando pela web e acessando as redes sociais. Com isso, as discussões sobre crianças e tecnologia também são destaque. Mas, afinal, como manter a internet segura para elas?

Temos certeza de que, se os responsáveis pudessem, guardariam a criançada em um potinho só para protegê-la, não é mesmo? Como isso não é possível, o jeito é ficar de olho e fazer tudo o que estiver ao alcance para garantir sua integridade física e mental, independentemente da fase da criança.

É comum surgirem dúvidas quando o assunto são os perigos na web. Pensando nisso, resolvemos trazer este post, com dicas essenciais para proteger a turminha no ambiente virtual. Para conferir, basta continuar a leitura! Vamos lá?

O que é internet segura e qual é sua importância?

A internet traz uma série de facilidades para nós, não é mesmo? Pensando nos adultos, é difícil descolar ela do nosso dia a dia, porque muitas coisas podem ser resolvidas e feitas pela web, de forma rápida e prática. Acontece que o ambiente digital não foi criado pensando nas crianças e, além do mais, ele não é completamente seguro — nem mesmo para os adultos.

De fato, existem diversas oportunidades, especialmente de diversão e aprendizado, mas os riscos também permeiam a web, e não podemos fechar os olhos para isso. E, quando falamos em riscos na rede, é normal pensarmos em pessoas mal-intencionadas, não é?

Mas o consumo exacerbado de telas também pode trazer outros impactos negativos, como ansiedade, depressão, distúrbio do sono e problemas na concentração. Existem ainda os perigos de acesso aos conteúdos inapropriados e a superexposição das crianças nas redes sociais.

Por isso, é fundamental que pais e responsáveis conheçam essas questões e, acima de tudo, adotem cuidados especiais para que as crianças na internet possam desfrutar dos benefícios do mundo online de maneira saudável e segura.

Quando apresentar a tecnologia às crianças?

O melhor momento para falar sobre tecnologia com as crianças é quando as telas passam a fazer parte de sua rotina, seja na escola ou mesmo dentro de casa. É preciso ensinar sobre o uso seguro dos equipamentos e como se proteger na web, sobretudo de pessoas mal-intencionadas. É interessante, na verdade, manter um diálogo aberto sobre o assunto, como você pode ver no tópico seguinte.

Imagem de duas crianças olhando para um tablet enquanto estão deitados no chão.

Quais são as melhores práticas para manter a internet segura?

Agora que já sabe o que é uma internet segura, selecionamos dicas simples, mas essenciais para ajudar você a proteger a meninada na web. Acompanhe!

1. Mantenha o diálogo aberto

O diálogo é sempre a melhor maneira de lidar com as crianças quando o assunto é internet segura. O motivo é simples: se elas entendem as razões pelas quais os pais tomam uma decisão, é bem mais fácil de acatar as regras. Portanto, antes de mais nada, explique às crianças que no mundo virtual também existem pessoas más que fazem coisas ruins e que precisamos nos proteger disso.

Fale da importância de atentar para conversas suspeitas. Além disso, que devem chamar um adulto sempre que alguém diferente desejar entrar em contato. Diga que vocês sempre estarão abertos a ouvi-los e que, se algo estranho acontecer, podem dialogar.

É interessante que as crianças enxerguem os responsáveis também como amigos em quem podem confiar. Assim, podem se sentir mais à vontade para conversar sobre qualquer assunto.

Oriente, ainda, quanto ao risco de compartilhar fotos e dados pessoais. Fale que, assim como no mundo real, no digital também não se deve falar com estranhos, muito menos dizer onde mora ou fornecer informações sobre a escola em que estuda.

2. Estabeleça limites

A criança já usa internet e navega em redes sociais? A verdade é que essas ferramentas são um prato cheio para quem quer fazer alguma maldade, principalmente com pessoas mais vulneráveis, como o público infantil. Por isso, o ideal é limitar o tempo de uso da web, especialmente nessas plataformas.

Além disso, vale atentar aos perfis falsos ou de estranhos, verificando com quem a criança conversa e que tipo de informação costuma compartilhar com seus contatos. Lembre-se de que manter o diálogo sobre os perigos por trás das redes é a melhor saída para ter uma internet segura para a molecada.

3. Crie o hábito de navegar com eles pela internet

Muito se fala sobre a invasão de privacidade quando o assunto é internet segura para as crianças. Mas saiba que monitorar as atividades delas na web é uma questão de segurança. Assim como você mantém a criança por perto no mundo real, isso deve acontecer no virtual.

Para tornar essa tarefa mais fácil, uma boa dica é deixar os dispositivos em ambientes comuns, como na sala ou cozinha. Se o computador ficar no quarto, por exemplo, é mais difícil de acompanhar qualquer site e/ou conversas suspeitas.

Outra atitude interessante é estar presente nas redes sociais da criança como amigo ou seguidor. Dessa forma, você fica ali de espectador e consegue visualizar o que a turminha posta ou o tipo de conteúdo gosta de curtir.

4. Utilize uma ferramenta de controle para responsáveis

Existem diversas tecnologias para o controle dos pais e responsáveis. Elas impedem o acesso a certos sites, como os proibidos para menores de idade, ou que permitem que a navegação seja monitorada.

Antes de utilizá-las, no entanto, vale a pena conversar com a criança sobre a medida e reforçar que é para a proteção dela, e não uma falta de confiança ou invasão de privacidade. A seguir, selecionamos algumas ferramentas de controle parental que podem ajudar você a tornar a internet segura para a criançada:

  • Net Nanny;
  • Qustodio;
  • Kaspersky Safe Kids;
  • Mobicip.

5. Apoie o uso moderado da internet

Não precisamos (e nem devemos!) demonizar o uso da web pelas crianças. Saiba que a turminha, assim como os adultos, podem, sim, estabelecer uma relação saudável com o mundo virtual, especialmente se o uso de equipamentos tecnológicos for moderado e acompanhado por responsáveis.

Para se ter uma ideia, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) faz algumas recomendações sobre o uso das telas para a garotada. Confira:

  • menores de 2 anos — evitar exposição às telas, mesmo que de forma passiva;
  • 2 a 5 anos — máximo de uma hora por dia;
  • 6 a 10 anos — máximo de uma ou duas horas por dia;
  • 11 a 18 anos — máximo de duas a três horas por dia.

Em suma, a SBP também ressalta a importância de evitar o uso da internet durante as refeições. Isso porque a criança pode não se dar conta do quanto come enquanto navega pela web e pode exagerar no consumo dos alimentos, sobretudo aqueles mais prazerosos e fáceis de ingerir, como pizza, doces ou salgadinhos.

A criança ainda pode se desinteressar pelas refeições, considerando que elas atrapalham o tempo de navegação. O risco é a criança achar que comer é uma perda de tempo e, assim, não ter a oportunidade de desenvolver um vínculo saudável com a alimentação — um risco sério de má nutrição.

6. Proporcione momentos de desconexão

Além de impor limites e conversar abertamente sobre os perigos da internet, é fundamental proporcionar momentos de desconexão digital às crianças. E, se essas experiências acontecem em família, pode apostar que a diversão está garantida.

Então, saia com a galerinha ao ar livre. Combine passeios em família, proponha atividades com outras pessoas e amigos. Pratique esportes sempre que possível! A ideia é oferecer alternativas e mostrar à criança que existe muito divertimento além do mundo virtual.

Jogos de cartas e de tabuleiro, por exemplo, podem ser boas opções para desconectar e, ainda, promover o desenvolvimento da coordenação motora, estimular a criatividade e ensinar sobre “ganhar e perder”. Você pode combinar uma noite de jogos com a família e aproveitar para estreitar os laços, o que acha?

A internet é importante para as crianças?

Como falamos, a web traz alguns riscos, mas suas facilidades são inegáveis. Em relação à educação, esse recurso pode contribuir positivamente com o desenvolvimento das crianças, em especial se pais, responsáveis e educadores tomam os cuidados necessários para tornar a internet segura para a turminha.

Abaixo, temos outras vantagens da web que vão além do entretenimento:

  • estimula a pesquisa e o descobrimento de informações;
  • contribui com a socialização de crianças mais tímidas;
  • garante um aprendizado de forma lúdica;
  • promove a concentração e contribui com o desenvolvimento do raciocínio lógico;
  • ajuda no desenvolvimento da autonomia das crianças e no processo de tomada de decisões;
  • oferece novas maneiras de estudar conteúdos;
  • melhora o rendimento acadêmico.

Agora, você pode proporcionar uma navegação mais tranquila à meninada. E, como pode ver, para manter a internet segura para as crianças, todo cuidado é pouco. Por isso, é preciso intervir em qualquer situação minimamente suspeita. Além disso, fique de olho nas mudanças no comportamento das crianças, mesmo quando estão offline.

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