Sangramento na gravidez: o que está acontecendo na minha gestação?

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sangramento na gravidez
Mulher grávida sente contrações na barriga

Dá até um friozinho na barriga só de pensar em sangramento na gravidez? Nós sabemos que essa é uma questão delicada, ainda mais em um momento que você está bastante sensível. Mas, nem por isso nós vamos deixar de falar sobre o problema, pois a informação de qualidade é a sua melhor proteção.

Lidar com um sangramento na gravidez não pode ser ignorado. Contudo, nem sempre ele representa um risco para a mamãe ou o bebê. Conheça, neste artigo, as razões mais comuns que podem levar a essa situação e como você pode agir.

Sangramento na gravidez é normal?

Pode não ser um acontecimento comum, mas é relativamente normal, e não precisa gerar pânico. Segundo dados médicos, é possível que até 25% das mulheres grávidas apresentem algum tipo de fluxo sanguíneo nos primeiros 3 meses de gravidez, segundo dados do Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia.

Esses sangramentos podem, inclusive, confundir algumas mulheres que acreditam que estão menstruando e não percebem que engravidaram. Portanto, fique tranquila se isso acontecer. De qualquer forma, é importante sempre consultar um médico e fazer o pré-natal de forma correta.

Quais são as causas do sangramento nas 20 primeiras semanas?

Depois que o óvulo é fecundado, o embrião se fixará na parede do útero. É lá que ele permanecerá durante toda a gestação, agarradinho. Acontece que essa movimentação pode ocasionar a ruptura de algum vaso sanguíneo e causar uma pequena perda de sangue, que cessará em 2 ou 3 dias.

A vascularização do colo do útero também aumenta; afinal, é preciso levar mais oxigênio para essa nova vida. Por isso, o sangramento de escape, no início da gravidez, pode aparecer após as relações sexuais ou depois de exames ginecológicos.

Não podemos deixar de falar que essa ocorrência pode sim indicar algo mais grave, como um aborto espontâneo. Ele pode acontecer em cerca de 10% das gestações, nos três primeiros meses. Mas os sinais são bem diferentes, já que o fluxo sanguíneo costuma ser intenso e vem acompanhado de fortes cólicas.

Outro evento que pode causar o sangramento na gestação é a gravidez ectópica. Ela acontece quando o óvulo fecundado não se fixa no útero, mas em outro local. O mais comum é ele se alojar na trompa de falópio, que são os canais por onde o óvulo passa para chegar até o útero, ou então na cavidade abdominal.

Esses tipos de gestações trazem risco tanto para a mãe quanto para o bebê e precisam de intervenção cirúrgica de emergência para serem interrompidas. Em uma situação dessas, a gestante pode ter sangramento, dor abdominal, dor pélvica, sintomas de fraqueza e até desmaiar.

O que pode causar sangramento na segunda metade da gravidez?

Algumas situações comuns, mas que merecem atenção, podem causar uma pequena perda de sangue nessa etapa da gestação. As inflamações no colo do útero e as intercorrências com a placenta são as mais frequentes.

Infecções

As mudanças hormonais alteram o pH da vagina e podem deixá-la suscetível a infecções que tornam a mucosa mais sensível. Durante a relação sexual, o pênis pode machucar a região, provocando um pequeno sangramento. As alterações hormonais ou alguma outra doença também podem provocar feridas no colo útero e ocasionar a perda de sangue.

Descolamento da placenta

Esse órgão — que se forma logo no início da gravidez — será a moradia do bebê durante todo o período de crescimento e é responsável por sua proteção e pela produção de hormônios importantes. A placenta fica presa à parede do útero e se desprenderá com o nascimento do bebê, sendo expulsa.

O problema é que, eventualmente, isso pode ocorrer antes dessa etapa. A gestante começa a sentir dores na região do abdômen ou nas costas e apresenta sangramento vaginal. O descolamento de placenta é uma situação que requer cuidados médicos imediatos, pois pode evoluir para complicações mais graves se não for tratada a tempo.

Placenta prévia

Outra situação indesejável é a placenta prévia. O órgão acaba se alojando na parte inferior da região uterina, quando o correto seria estar na porção média do útero. Essa ocorrência aumenta as chances de um sangramento intenso durante a gestação ou no parto normal.

Há casos em que a placenta pode se realocar sozinha na posição correta. Se isso não acontecer até 35ª semana, pode ser necessário realizar uma cesárea para antecipar o nascimento do bebê.

Placenta acreta

Essa é uma outra condição que pode provocar hemorragia séria, tanto na gestação quanto no nascimento do bebê. Nesse caso, a placenta ou uma parte dela adere profundamente na parede do útero e pode causar danos vasculares ao se desprender da cavidade.

Quase todos esses casos podem ser diagnosticados durante os exames de rotina por meio de uma ultrassonografia. Conhecer essa condição permite ao obstetra, junto com a gestante, planejar o parto de forma adequada. Dessa forma, é possível evitar complicações graves que poderiam resultar na remoção do útero após o parto.

Hemorroidas

É fácil identificar esse tipo de sangramento, pois ele costuma ser notado na região do anus, durante a evacuação. O aumento de fluxo de sangue, aliado à pressão sobre as artérias da região, principalmente no final da gravidez, pode elevar o risco da gestante desenvolver esse problema. De qualquer forma, caso isso ocorra, é preciso procurar um médico.

O que fazer caso haja sangramento durante a minha gravidez? 

Em qualquer situação de sangramento na gravidez é fundamental buscar orientação médica. Somente o profissional poderá identificar a origem e a gravidade do distúrbio, bem como prescrever o tratamento adequado. Cada condição requer um cuidado específico, mas os mais recomendados são o repouso e, eventualmente, o reforço hormonal, a fim de evitar que ocorra um aborto.

A melhor maneira de ficar tranquila e lidar bem com a situação, caso ocorra algum sangramento na gravidez, é estar bem informada e fazer o pré-natal corretamente. Dessa forma, você poderá curtir todas as mudanças dessa fase única e se preparar para a deliciosa chegada do bebê.

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