Não é raro que as pessoas, inclusive pais e mães, subestimem a capacidade das crianças. Porém, os pequenos são muito mais competentes do que imaginamos, especialmente, se estimulados desde cedo. Por isso, passar algumas tarefas domésticas para os filhos ajuda no desenvolvimento de habilidades pessoais e sociais.
Independentemente da fase da criança, a ajuda em casa melhora o bem-estar da família, ao mesmo tempo em que os pequenos são preparados para o futuro. Apesar de as atividades serem encaradas com seriedade, realizá-las pode ser mais uma diversão para a turminha.
Afinal, quais são os benefícios das tarefas domésticas para os filhos e o que eles podem fazer para participar da rotina da casa? A gente conta tudo aqui, olha só!
Por que as crianças podem ajudar nas atividades em casa?
Muito se debate sobre os pequenos ajudarem com as atividades da casa. Enquanto alguns acreditam que ter responsabilidades é um valioso ensinamento, outros defendem que as crianças devem ter liberdade para aproveitar a infância brincando.
É claro que brincar é fundamental para o desenvolvimento infantil como um todo, assim como ir à escola. Mas, aos poucos, incluir as crianças nas tarefas domésticas faz com que elas aprendam importantes valores, sejam mais colaborativas e se tornem mais independentes e proativas.
Como as tarefas domésticas para os filhos podem ser benéficas?
A Disciplina Positiva, conceito proposto pela educadora americana Jane Nelsen, afirma que os pequenos cooperam mais quando se sentem livres para expressar suas emoções e para participar do planejamento e das escolhas feitas pela família. Eles se sentem úteis e valorizados e descobrem o prazer de cuidar de si, de suas coisas e dos outros.
Além de estabelecer a rotina das crianças (essencial para o crescimento saudável), distribuir as tarefas domésticas para os filhos proporciona excelentes benefícios. Entre eles, o desenvolvimento de:
- senso de responsabilidade e respeito;
- empatia, colaboração e trabalho em equipe;
- proatividade, autonomia e independência;
- percepção de interesses pessoais;
- coordenação motora fina e grossa;
- senso de organização e de planejamento;
- autoconfiança e autoestima.
Não é pouca coisa, concorda? Então, vamos colocar os pequenos a ajudar com a organização da casa?
Quais são as tarefas domésticas que podem ser delegadas às crianças?
Veja só algumas atividades que a garotada pode fazer.
Guardar os brinquedos
Dos 2 aos 3 anos, as crianças conseguem realizar tarefas simples. Elas já podem guardar seus brinquedos, colocar roupas sujas no cesto, retirar o seu prato da mesa e limpar pequenas superfícies (tirar o pó, por exemplo).
Organizar o quarto e outros cômodos
A partir dos 4 até os 6 anos, o pequeno já pode organizar o quarto, ajudar a arrumar a cama, colocar as roupas sujas na máquina, separar a mochila para a escolinha, ordenar livros e revistas da casa e guardar as compras. Nessa fase, o aprendizado é sobre o conforto de estar em um ambiente limpo.
A turminha também pode ajudar a escolher itens no mercado e até a preparar pequenas refeições. Autocuidado e orientação espacial são habilidades trabalhadas aqui.
Regar as plantas e cuidar dos pets
Também é a partir dos 4 anos que as crianças podem assumir pequenas responsabilidades com outros seres vivos. Regar as plantas e dar comida e água para os pets são atividades simples, mas que aprimoram a empatia e o senso de cuidado com o outro e com a natureza.
Lavar a louça
Dos 6 aos 8 anos, os pequenos já têm maior noção de responsabilidade e podem dividir tarefas mais elaboradas dentro de casa. Lavar a louça, tirar o lixo do banheiro, organizar armários, varrer e passar pano em cômodos pequenos, ajudar a estender e a recolher as roupas do varal e auxiliar o preparo de algumas refeições são outros exemplos de atividades que eles podem fazer.
Estabelecer uma rotina equilibrada é essencial para fortalecer a consciência do compromisso com os deveres. Como você pôde notar, delegar tarefas domésticas para os filhos é uma forma de ensinar esse valor. De uma maneira leve e divertida, as crianças aprendem a se virar sozinhas, tornando-se mais independentes no futuro.
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