Vínculo materno e desenvolvimento infantil: entenda essa relação

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Vínculo materno
Mãe amamenta filho deitada na cama

Os pequenos são naturalmente dependentes dos pais. É por meio dessa incrível ligação, fortalecida pelas trocas e carinhos que acontecem com o tempo, que o bebê se sente seguro para desenvolver as mais diversas habilidades.

Na relação com as mamães, essa conexão natural é ainda mais forte. A amamentação contribui para essa proximidade que será levada por toda a vida, mas existem outras várias formas de trabalhar esse vínculo materno que é tão essencial para a construção de uma relação de confiança com a criança.

Como os bebês se conectam com a mãe? Entenda mais neste conteúdo e confira como fortalecer essa incrível troca!

O que é vínculo materno?

O vínculo materno é um laço que conecta a criança com sua mãe, possibilitando um modelo íntimo de relação que será essencial para fortalecer o senso de segurança e de autoestima dos pequenos. Essa conexão será uma referência para toda a vida das crianças, contribuindo para os aspectos sociais e cognitivos do desenvolvimento.

Iniciado antes mesmo do nascimento, o vínculo materno começa logo no descobrimento da gravidez. As emoções que envolvem a alegria por ver o feto em um ultrassom, ou mesmo perceber as primeiras mudanças no corpo, são a primeira marca para que o bebê sinta-se bem-vindo.

Por volta da 18ª semana de gestação, a mamãe pode sentir os primeiros movimentos na barriguinha, e é assim que começam as interações de maneira mais intensa. Cada carinho é uma troca.

No útero, a voz da mulher acalma o bebê. As conversas, as músicas e as emoções que envolvem essa relação fazem com que essa afinidade ganhe força.

Um caminho para a forte conexão entre mamãe e bebê

Em todas as fases da gestação, a troca acontece. E as mamães não precisam se cobrar demais — a conexão não é sempre natural ou imediata. Ainda que para o bebê ela aconteça com mais naturalidade, para a mulher pode ser necessário mais tempo, paciência e tranquilidade.

O vínculo é um processo que não é construído de maneira automatizada. Ele depende de pequenas ações diárias e constantes, nos cuidados do dia a dia e nas janelas de oportunidade que surgem na rotina de interações.

Como o vínculo materno se desenvolve?

Para as mamães de primeira viagem, a construção da conexão pode parecer algo muito complexo, ainda que não seja. Ela está nos detalhes e começa no imprinting — nome do fenômeno que marca o primeiro momento (após nascimento) no qual bebê e mamãe se enxergam pela primeira vez e se olham fixamente.

No dia a dia, essa troca que gera o vínculo materno também ocorre:

  • nos momentos de amamentação;
  • nas trocas de fraldas;
  • durante o banho;
  • ao massagear a barriguinha e as costas do recém-nascido;
  • no contato de pele entre mãe e criança;
  • quando o bebê segura o corpo ou toca o corpo da mamãe;
  • na reprodução de expressões faciais ou corporais;
  • ao cortar as unhas e brincar com pezinhos e mãozinhas;
  • nas trocas de roupinhas.

A boa notícia, com o que já vimos até aqui, é que a construção do vínculo materno acontece de maneira muito prazerosa. É pelas brincadeiras, trocas e interações que o bebê descobre em quem pode confiar e em quem pode se inspirar!

Sabe aqueles momentos nos quais o bebê está chorando e é acalentado pela mamãe? É um passo para a conexão. E quando os pequenos começam a engatinhar e, com toda coragem, alcançam as pernas do familiar? Uma alegria!

Por isso, o vínculo não está apenas na troca entre mãe e recém-nascido — mas pode estar também com todos os cuidadores que preenchem a casa com amor e carinho, para que o bebê consiga avançar em suas conquistas diárias.

Vínculo paterno e conexão com irmãos

A construção do vínculo com outros membros da família (incluindo os avós, primos ou mesmo cuidadores) também tem grande importância para o recém-nascido — e para a mamãe.

Principalmente para os papais, dedicar um tempo para se envolver com a criança e ter momentos individuais pode contribuir para que o bebê reconheça que tem pontos de confiança e amor, além da mamãe.

Essa troca pode ocorrer em passeios com o carrinho, brincadeiras no colo, ou mesmo ao compartilhar um tempo com a criança apoiada no colo, acariciando suas costas. É uma ligação que está nos detalhes e pode ser conectada aos estímulos de desenvolvimento na primeira infância.

Principalmente durante o puerpério, no qual a mulher está vivenciando inúmeras transformações, é muito importante que a mamãe tenha o apoio emocional da família. Dessa forma, em momentos de cansaço extremo, ou mesmo de desejo de estar só, o recém-nascido encontrará o aconchego que ele necessita em outro adulto.

Como o vínculo materno influencia o desenvolvimento do bebê?

Nas interações ativas que caracterizam a construção do vínculo materno, o recém-nascido identifica que está seguro e protegido, apesar de não estar mais ligado diretamente ao corpo da mamãe.

O nascimento é um momento de ruptura. É uma experiência intensa e que pode ser complementada com muito carinho e delicadeza pelo afeto que deve ser percebido no pós-parto.

Uma criança que tem bons vínculos maternos e paternos tende a ter melhores relações socioafetivas na vida adulta, demonstrando maior facilidade para se conectar com outras pessoas.

Também pode-se perceber, ainda na infância, as características de uma criança que cresce em um lar afetivamente estável, com relações de interdependência, que se expressam na maneira que os pequenos enxergam colegas e amigos como uma ponta para colaboração e não ameaça.

O vínculo materno pode ser estabelecido por meio do toque, da fala ou da simples presença. Não há uma fórmula para que ele aconteça e nem mesmo uma régua que meça o tamanho do seu impacto para o desenvolvimento do bebê.

O que se sabe é que a privação dessa conexão pode levar a diversos problemas emocionais para as crianças e que, por outro lado, sua existência contribui para o desenvolvimento de pessoas mais confiantes e seguras.

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