Escutar o bebê dizendo as primeiras palavras é um dos momentos mais esperados pela família. A gente se pega tentando adivinhar quais serão elas e até fica imaginando pequenos diálogos!
Mas o desenvolvimento da fala infantil não representa apenas esses momentos de emoção. A linguagem é um indicador do desenvolvimento neurológico, então, saber se ela está conforme o esperado é muito importante.
Conhecer as etapas do desenvolvimento da fala infantil ajudará você a entender se precisa buscar ajuda. Conversamos com Guilherme Krebs, psicoterapeuta infantil (CRP: 06/136294) na clínica multidisciplinar A&B, que trouxe informações relevantes para este conteúdo. Acompanhe!
Guilherme divide essas fases em dois momentos importantes.
Antes da fala já existe comunicação. Para aprender a produzir palavras, o bebê precisa se comunicar de outras formas: chora, balbucia, faz alguns sons, dá sorrisos e emite gestos. Por exemplo, aponta para o objeto que quer pegar. O período pré-linguístico envolve os 12 primeiros meses de vida.
“No final do primeiro ano para o começo do segundo, ele entra na fase linguística. Aqui, começa a combinar melhor os sons para montar as palavras”, explica o psicoterapeuta.
Dessa forma, o vocabulário aumenta de forma gradual. Aos 18 meses, fala palavras soltas. Entre 2 e 3 anos, começa a usar o plural. Aos 6 anos, a criança já cria frases longas e consegue aplicar algumas regras gramaticais.
Antes de tudo, tenha em mente que cada criança tem seu próprio ritmo de desenvolvimento. O que não pode existir é uma discrepância grande. Os seguintes comportamentos são pontos de atenção!
A família faz brincadeiras e o pequeno não se interessa. O chocalho também não parece ser divertido. Se isso acontecer, talvez mereça uma avaliação.
Por volta dos 6 meses de idade, é esperado que o bebê tenha atenção aos sons ao seu redor e consiga acompanhá-los. Esse é um processo importante para conseguir ir para as próximas fases, por isso uma dificuldade aqui pode impactar o desenvolvimento da fala infantil.
“Geralmente, o problema é percebido quando a criança entra na fase linguística, por volta dos 2 e 3 anos. Nessa idade, ela já consegue dizer que está com fome, sente sede ou tem dor de barriga. Se ela só se comunica por mímicas, é o momento de investigar”, aconselha Guilherme.
Os adultos se derretem com pequenos erros nas palavras. Mas é esperado que, por volta dos 4 anos e meio, a criança não faça mais trocas de letras. Então, se ela costuma falar ‘fofó’, no lugar de ‘vovó’, por exemplo, vale a pena procurar um profissional, combinado?
Alguns dos motivos podem ser:
Os estímulos ajudam no desenvolvimento saudável, por isso separamos algumas ideias!
Desde os primeiros meses, no banho, ao vesti-lo e ao alimentá-lo, narre a situação. Diga o que está fazendo, usando frases elaboradas. E evite a linguagem muito infantil: ela pode incentivar a criança a falar errado.
Nomeie os objetos, principalmente aqueles do cotidiano. Quando pegar a mamadeira, por exemplo, repita esse nome. Se o gato aparecer, ensine à criança que o bicho é um gato. Aos poucos, ele aprende a associar esses sons.
As músicas infantis animam e estimulam várias áreas do cérebro. São ainda ótimas formas de ensinar e também de divertir.
Que tal uma pequena história todos os dias? A criança aprende vocabulários, fica entretida e cresce com o gosto pela leitura. Lá na frente, ele ainda tem mais facilidade para aprender a ler e a escrever.
“Às vezes, a própria dinâmica da família pode influenciar nesse processo. Por exemplo, quando antecipa a fala da criança, completando as palavras, ou não espera que ela termine de se expressar”, aponta Guilherme. Assim, nada de impaciência, combinado? É importante esperar que a criança complete a frase.
Brinquedos e jogos educativos contribuem para estimular o processo e ensinar a criança a formar palavras e frases. Sem contar que ela aprende brincando, o que deixa o momento mais lúdico e espontâneo.
Guilherme explica que o trabalho nessas situações costuma ser com uma equipe multidisciplinar. Assim, dependendo da causa, a criança pode ter ajuda de pediatra, fonoaudiólogo, psicólogo e otorrinolaringologista, por exemplo. “Uma equipe trabalhando junto facilita o processo e faz com que a criança se desenvolva mais rápido, além de proporcionar a ela um tratamento mais eficaz”, explica.
Na prática, cada profissional desenvolve um trabalho único. Depois, troca experiências, que podem ser úteis ao trabalho do outro. Por exemplo, o fonoaudiólogo trata os distúrbios da fala, mas pode perceber um problema emocional na criança. Então, o psicólogo atua nesse aspecto, por meio de ferramentas diversas. Um exemplo é usar a arte para as avaliações psicológicas
“Com a criança, tudo acontece por meio da brincadeira e do desenho, que são formas que ela usa para se comunicar. No meu trabalho, também faço sessões com os pais, para que tenham orientações adequadas”, completa Guilherme.
Cada criança é única e tem o seu próprio ritmo. Mas ao acompanhar o desenvolvimento da fala infantil, garantimos uma infância mais feliz e saudável. Além disso, um ambiente com estímulos adequados faz grande diferença, por isso sempre tenha jogos e brinquedos educativos, combinado?
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