Os perigos da adultização infantil

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Mãe passa batom na filha

Salão de beleza, salto alto e uma agenda lotada de compromissos. Parece até mais uma rotina nossa de “a vida como ela é”, não é mesmo? No entanto, isso também faz parte do dia a dia de algumas crianças, que sofrem com a adultização infantil.

O problema é que elas deixam de vivenciar a infância verdadeira e isso traz consequências negativas ao desenvolvimento. Quer entender melhor o assunto e saber como evitar os perigos? Então, continue com a gente!

O que é a adultização infantil?

A adultização infantil é a aceleração das fases da vida, sem dar espaço para que a criança viva esse período e, depois, a adolescência, como deve ser. É dar a ela uma estimulação inadequada, levando-a a entrar no mundo adulto, antes de estar com o desenvolvimento físico e psicológico completos.

Sabe quando vemos a meninada demonstrando ter valores e comportamentos do mundo adulto, como hipervalorização da aparência, uso de roupas sensuais e um consumismo exagerado? Podemos chamar isso de adultização infantil.

Por que a adultização infantil é um problema?

Todas as fases pelas quais uma pessoa passa, desde seu nascimento, dão a ela experiência e preparação para o mundo adulto. Não experimentar isso causa falhas no desenvolvimento emocional infantil e pode resultar em angústia, estresse, depressão e crises de identidade.

Além disso, mora um perigo aí: a criança ainda não tem autonomia nem maturidade para entender o que é certo e errado, o que a deixa mais vulnerável a ser vítima de abusos.

Por fim, uma criança que não aproveita a infância pode se tornar um adulto infantilizado. Por sentir falta de não ter vivido alguns processos, passa a ter comportamentos infantis e uma baixa inteligência emocional.

Como evitar a adultização infantil?

adultização infantil

Assim como nós adultos fazemos algumas escolhas para a criançada — como a matrícula na escola e a compra de alimentos saudáveis —, também temos o poder de influenciar esse aspecto. Por isso, sugerimos as seguintes atitudes!

Não exponha a criança a contextos inapropriados

Isso acontece sem a gente nem perceber. Nós a levamos junto quando vamos ao salão de beleza. Depois, deixamos que participe daquelas conversas sérias, nas quais precisamos resolver problemas da vida de adulto.

É claro que não faz mal, vez ou outra, ela estar por perto. Mas, se essas situações são recorrentes, enviamos a ela a mensagem de que aquele é o ambiente comum dela também e que é totalmente normal ela participar.

Mais uma dica aqui é evitar que usem coisas de adulto, como maquiagem, sutiã de bojo e calças de couro.

Cuide dos conteúdos consumidos

Você acompanha o que os pequenos assistem na televisão? Sabe o que gostam de fazer na Internet?

A geração atual é muito tecnológica e tem acesso fácil a diversas informações. Por um lado, isso é positivo, pois estimula a constante autoeducação. Por outro, facilita o contato com assuntos que não são saudáveis, típicos de uma adultização infantil.

Não encha a agenda de atividades

Queremos o melhor para nossos pequenos e sabemos que a vida profissional anda cada vez mais complicada. É muita concorrência, muita exigência, e é preciso ter um diferencial para se dar bem.

Isso nos dá o ímpeto de querer investir, desde cedo, em uma educação excelente. Não é raro existirem crianças com a agenda cheia de compromissos, como se fossem miniexecutivas.

Nessa fase, a meninada necessita de um período livre para brincar e exercer a criatividade. Precisa de desenhos e filmes infantis e de um tempo com qualidade com a família.

Tenha cuidado com a forma como você interage

Muitas vezes, a maneira como reagimos e interagimos com os pequenos estimula ou valida comportamentos.

Por exemplo, ver a garotinha toda maquiada e fazer a ela elogios é um modo de incentivar e aprovar essa atitude, reforçando tal comportamento. Ela entende que isso é legal e passará a fazer mais vezes.

Dizer ao garotinho que ele é o “homem da casa” também não costuma ser legal, pois coloca um peso e uma exigência em cima dele, levando-o a assumir papéis para os quais ainda não está preparado.

Tenha brinquedos e ensine brincadeiras

O melhor jeito de fazer a criança ser criança de verdade é estimulá-la com brinquedos apropriados à idade dela. Por isso, aí vão algumas sugestões:

Além disso, também podemos influenciar as crianças contando sobre a nossa infância e ensinar brincadeiras antigas, que nos davam diversão. Amarelinha, passa-anel e bolinha de gude são algumas das que nos entretinham e são desconhecidas por boa parte da criançada de hoje.

Estimule interações com outras crianças

Games e telas são interessantes e podem contribuir com o desenvolvimento infantil. Porém, a meninada também precisa de conexão real.

A interação social promove a amizade na infância, que traz diversas vantagens, como aumento da autoestima, da empatia, da lealdade, da generosidade e da confiança. Sendo assim, incentive as interações com os colegas de sala e primos que tenham a mesma idade.

Como conversar com as crianças sobre isso?

O ideal é abordar o tema com naturalidade e mostrar a elas os benefícios de brincar e de aproveitar a infância. Também, podemos apresentar isso por meio de atitudes, como a de promover um ambiente propício a brincadeiras e ao universo infantil. Assistir a filmes, contar histórias e ter brinquedos já é um excelente começo.

A adultização infantil não é um processo natural, já que a meninada precisa passar por todas as fases do desenvolvimento para ter uma vida saudável. Por isso, não podemos deixar morrer toda a magia que existe do mundo da criança, combinado?

Gostou de ficar por dentro de mais uma informação sobre o universo infantil? Então continue acompanhando nossos conteúdos e descubra por que as brincadeiras são tão importantes!

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