Afinal, o que grávida pode comer? Veja dicas de especialista!

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O que grávida pode comer
Mulher grávida almoça uma salada balanceada

A alimentação saudável deve ser seguida durante toda a vida, porém, existem momentos em que ela é ainda mais importante. Por exemplo, você já se perguntou o que grávida pode comer? E os alimentos proibidos?

De acordo com Camila Alves, Nutricionista na Clínica Materno Infantil e especialista em Nutrição Clínica em Pediatria, entender aquilo que deve fazer parte do prato e ficar por dentro dos tipos de comida que tendem a fazer mal nessa etapa estão entre as principais dúvidas no consultório.

Pensando nisso, separamos aqui no texto algumas informações que vão ajudar você a passar por todas as fases da gestação com mais saúde e garantia de bom desenvolvimento ao bebê. Confira!

O que grávida pode comer para ter uma gestação saudável?

O período da gestação exige cuidados redobrados. Afinal, além de o organismo passar por uma grande transformação, há um pequeno ser em desenvolvimento aí dentro. Por isso, a dúvida sobre o que grávida pode comer é superválida.  

Para Camila Alves, não existem, necessariamente, os melhores alimentos, mas sim um grupo de nutrientes que deve estar equilibrado. “A alimentação deve ser variada e colorida, com comida de verdade e todos os grupos alimentares. Assim, garantimos as substâncias necessárias para a mãe e o bebê”, explica.

Entre as recomendações, estão as seguintes:

Carboidratos

Os carboidratos são responsáveis por dar energia ao organismo, funcionando como um combustível para a mãe e o bebê. No processo de digestão, eles são quebrados em moléculas menores, passam pela placenta e se transformam em glicose.

Porém, é importante escolher aqueles tipos mais propícios, que são conhecidos como carboidratos complexos ou de baixo índice glicêmico. Eles são decompostos de forma mais lenta, por isso, evitam os picos de glicemia, além de ter maior valor nutricional. Alguns exemplos são: 

  • aipim;
  • batata-doce;
  • abóbora;
  • aveia.

Proteínas

As proteínas são fundamentais para a formação de células, dos tecidos e do sangue do feto, além de contribuírem na produção de hormônios e enzimas das gestantes. Mulheres vegetarianas e veganas devem ter atenção especial para que não corram o risco de faltar o nutriente.

Bons exemplos de alimentos são:

  • ovos;
  • peixe;
  • frango;
  • carne vermelha;
  • cogumelos;
  • iogurte;
  • quinoa.

Frutas, legumes, verduras e leguminosas

Frutas, legumes, verduras e leguminosas são responsáveis por proporcionar vitaminas e minerais, atuando em processos como formação cerebral, estrutura óssea, sistema imunológico, DNA e órgãos do bebê, além de ajudar na formação da placenta.

Há uma porção de opções que podem ser adaptadas ao cardápio, de acordo com as preferências e necessidades. Alguns exemplos podem ser:

  • banana;
  • acerola;
  • morango;
  • manga;
  • uva;
  • repolho;
  • cenoura;
  • beterraba;
  • berinjela;
  • couve;
  • grão-de-bico;
  • ervilha;
  • feijão.

Gorduras boas

As melhores gorduras são as insaturadas, que desempenham um papel importante no desenvolvimento do cérebro do bebê, além da regulação hormonal da mulher. Bons exemplos são:

  • abacate;
  • azeite;
  • nozes;
  • castanha de caju;
  • salmão;
  • linhaça.

Quais são os alimentos proibidos na gravidez?

Camila Alves aponta que existem aqueles que precisam ser evitados, já que têm o risco de estarem contaminados por parasitas e prejudicarem o desenvolvimento do bebê. Também podemos citar os ultraprocessados, que contêm aditivos capazes de causar mal à saúde. Entre os exemplos estão:

  • saladas de restaurantes, já que não se pode ter certeza da boa higiene;
  • salsicha e outros embutidos;
  • qualquer tipo de carne crua e mal passada, especialmente as de porco e peixe.

Há também temperos e substâncias que precisam de moderação, pois o excesso pode causar enjoos, azia, diarreia, desconfortos, além de levar ao parto prematuro e atrapalhar o ganho de peso do bebê:

  • canela;
  • pimenta;
  • café.

Podemos dizer que existe uma dieta ideal para grávidas?

A dieta ideal é aquela prescrita de forma individual, considerando as necessidades, as preferências e as particularidades. Por exemplo, diabetes, gravidez gemelar, sono intenso na gravidez, alergia alimentar e até a realidade financeira demandarão escolhas diferentes.

Assim, a especialista alerta: “as restrições devem ser feitas somente se houver necessidade e sempre prescritas por profissionais como médico e nutricionista. Além disso, cada gestação é única, então a mesma mulher pode precisar de alimentos diferentes na espera do primeiro, segundo ou terceiro bebê”.

Quando começar o acompanhamento nutricional?

O ideal é já seguir uma boa alimentação mesmo antes de engravidar, para que a mulher esteja preparada para as mudanças no corpo nesse período

“Temos estudos na área que apontam que os primeiros 1100 dias na vida de todo ser humano (período que compreende a pré-concepção até o segundo aniversário) é decisivo para o desenvolvimento infantil adequado, tendo a nutrição um papel fundamental na formação de hábitos alimentares saudáveis, que influenciarão na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade e diabetes”, explica Camila.

Por isso, além de entender o que a grávida pode comer, é importante saber o que é recomendado ingerir em cada caso específico. Nisso, os exames do pré-natal também ajudam bastante, pois, além de verificarem as taxas nutricionais no organismo, acompanham todo o desenvolvimento do bebê e as transformações da gestante.

As restrições alimentares também existem no período pós-parto e na amamentação?

Existem, mas são diferentes do período da gravidez, pois a mãe e o recém-nascido, agora, têm outras necessidades. No entanto, assim como na gestação, o cardápio alimentar nessa fase também varia de acordo com o organismo. 

Por exemplo, há bebês que apresentam muita sensibilidade na digestão do leite materno quando a mãe ingere determinados alimentos. Nesse caso, podem sofrer mais com cólicas e noites mal-dormidas. Assim, é necessário ter atenção tanto às reações da criança quanto aos novos sintomas da mulher, que, em alguns casos, precisará mudar a dieta ou fazer suplementações.

Enfim, como você viu, a gestação pede uma alimentação equilibrada e completa, sendo um momento para se preocupar ainda mais com a saúde física. Agora que você já sabe o que grávida pode comer e que a individualidade precisa ser considerada, lembre-se de procurar um profissional da área para te ajudar a fazer boas escolhas, combinado?

Aproveitando que você está por aqui e se interessou por descobrir o que grávida pode comer, agora leia o guia completo da gestante e descubra os sintomas de todas as fases!

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