Suplemento alimentar para bebês: quando o uso é recomendado?

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Suplemento alimentar para bebês
Bebê toma mamadeira no colo da mãe

O tema alimentação é um dos que mais surgem nas consultas e clínicas de pediatria. A preocupação da família é válida, já que é preciso cuidar do crescimento da criança. Sendo assim, é comum surgirem dúvidas do tipo: será que ela está bem nutrida? Será que é preciso comprar um suplemento alimentar para bebês?

Bem, se o assunto também é do seu interesse, então você está no lugar certo! Chamamos aqui para o blog a nutricionista infantil Camila Alves, que também atua como Conselheira do Conselho Regional de Nutrição da 3ª região SP/MS e tem especialização em Nutrição em Pediatria pelo Instituto da Criança/HCFMUSP.

Ela nos explicou o que é a suplementação alimentar para bebês e quando fazer essa opção. Confira na leitura!

O que é a suplementação alimentar para bebês?

Antes de tudo, é importante ressaltar: se possível, a amamentação deve ser prioridade nos 6 primeiros meses de vida. O leite materno é um alimento completo e rico em nutrientes. Por isso, na maioria das vezes, não é indicada a introdução alimentar antes desse tempo.

Como o termo sugere, a suplementação alimentar para bebês é um acréscimo nutricional. Ou seja, a criança ingere nutrientes a partir de alguma fórmula especial.

Segundo Camila Alves, deve ser “acompanhada do pediatra e nutricionista, já que a necessidade suplementar precisa ser avaliada e individualizada. Fazer a suplementação sem acompanhamento de profissionais pode provocar efeitos colaterais perigosos, muitas vezes só percebidos a longo prazo”.

Quando a suplementação é indicada, então?

“A suplementação alimentar para bebês e crianças é indicada somente em casos em que a avaliação clínica mostra a necessidade. Podemos ter como exemplos a perda contínua de peso, o crescimento inadequado, a extrema dificuldade alimentar, além de doenças cardíacas e pulmonares”, alerta Camila Alves.

Assim, tenha em mente: optar pela suplementação deve ser a última alternativa, sempre depois de ter tentado a melhora da alimentação através da reeducação alimentar. Consumir os nutrientes por meio dos alimentos in natura e da comida sempre será a primeira e melhor opção.

Então, não é necessário ter preocupação em comprar suplemento alimentar para bebês, certo?

Certo! Na maioria das vezes, não precisa ter essa preocupação. Os suplementos não devem ser usados sem a prescrição de um profissional especializado. É claro que a criança precisa de vitaminas e minerais, porém, as substâncias devem estar equilibradas no organismo, pois o excesso também é prejudicial.

Sendo assim, os casos que necessitam de suplementação são poucos. Além disso, a escolha do tipo de suplemento depende de cada contexto, rotina alimentar e histórico de doenças da criança.

“Costuma haver um excesso de preocupação em relação ao filho comer pouco ou em considerar que está magro demais. Geralmente, basta arrumar o cardápio da criança, incentivando o consumo de comidas mais saudáveis”, completa a nutricionista infantil.

Quais são os principais nutrientes para a alimentação infantil? E onde encontrá-los?

Bem, se o suplemento alimentar para bebês deve ser a última opção, como proporcionar, então, uma boa alimentação?

Separe os utensílios de bebê, como pratinhos e copos, e confira as sugestões de alimentos para sopas, sucos e vitaminas!

Ferro

O ferro é responsável por desenvolver as células sanguíneas e ajudar no desenvolvimento do cérebro. É uma substância considerada básica para que o bebê cresça saudável e tenha um bom sistema imunológico. 

A falta de ferro provoca anemia, levando a criança a ter problemas no crescimento e fraqueza muscular. Já o excesso pode causar uma doença chamada hemocromatose, que se manifesta por problemas no estômago e no pâncreas, a exemplo da cirrose.

Principais alimentos são:

  • feijão-preto;
  • couve;
  • espinafre;
  • bife de fígado;
  • carne vermelha;
  • gema de ovo.

Cálcio

O cálcio é importante para o desenvolvimento e a manutenção de ossos e dentes. Também ajuda no transporte de nutrientes nas células e na liberação de enzimas. A falta de cálcio causa debilidade nos ossos e problemas cardíacos. Já o excesso pode acarretar problemas digestivos e na tireoide.

Os principais alimentos são:

  • espinafre;
  • leite;
  • iogurte;
  • brócolis.

Vitamina D

A vitamina D tem a função de fortalecer a imunidade, cuidar da saúde pulmonar, prevenir infecções, obesidade e depressão. Quando o nutriente está em falta no organismo, isso pode levar a problemas na cicatrização, retardo no crescimento e dores nos ossos. O excesso, por sua vez, pode provocar insuficiência renal e desidratação.

A melhor forma de estimular o aumento dessa substância é pelo sol. Cinco minutos diários de sol já são suficientes para que o organismo sintetize a vitamina. Escolha horários antes das 10h e após as 16h.

Vitamina C

A vitamina C é essencial para o sistema imunológico, ajudando a combater ou evitar doenças e infecções. Uma criança com o organismo fortalecido tem mais chances de enfrentar enfermidades que comprometam seu estado de saúde.

A principal manifestação da falta de vitamina C é o escorbuto, que faz surgirem manchas roxas na pele e pode provocar deformidades ósseas. Já o excesso pode causar pedra nos rins, além de dores abdominais 

Alimentos com vitamina C são:

  • laranja;
  • acerola;
  • morango;
  • goiaba;
  • repolho.

Vitamina A

A vitamina A é responsável pela formação da pele e da visão, sendo a sua falta uma das principais causas da cegueira infantil. O excesso, por sua vez, pode provocar visão embaçada, icterícia e necrose celular. Alguns dos alimentos com vitamina A são:

  • cenoura;
  • manga;
  • abóbora;
  • mamão;
  • gema de ovo.

Vitaminas do complexo B

As vitaminas do complexo B são as principais responsáveis pelo desenvolvimento do sistema neurológico, contribuindo para a inteligência, o raciocínio e o desenvolvimento motor. A deficiência da vitamina pode causar atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, perda de reflexos e dificuldade para andar. Já o excesso pode provocar convulsões e queda na frequência respiratória. 

Alguns alimentos são:

  • peixe;
  • castanhas;
  • abacate;
  • vegetais verdes;
  • ovo;
  • brócolis.

Proteína

A proteína contribui para a formação dos tecidos, órgãos e músculos. A falta de proteína pode afetar o crescimento, aumentar a gravidade de infecções e predispor o organismo à obesidade. O excesso, por sua vez, aumenta os riscos de pedra nos rins e problemas no fígado.

Alimentos com proteína são:

  • carnes em geral;
  • cogumelos;
  • ovo;
  • leite;
  • iogurte.

Carboidrato

O carboidrato fornece energia e é importante para que todo o organismo funcione adequadamente. Crianças com deficiência de carboidrato podem apresentar deficiência no desenvolvimento e no crescimento. Já o excesso é responsável pelo aumento de peso, além de predispor ao desenvolvimento de diabetes e problemas no coração.

Alimentos com carboidrato são:

  • batata;
  • aipim;
  • banana;
  • macarrão;
  • farinha de trigo (biscoitos, pães e bolos).

Como você viu, prezar por uma boa alimentação é fundamental para que o bebê e a criança tenham saúde. No entanto, todas as escolhas precisam ser equilibradas. Nunca opte por dar suplemento alimentar para bebês sem consultar um especialista. Ao desconfiar de um problema, marque uma consulta e solicite exames para acompanhar de perto as necessidades individuais, combinado?

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